Ainda sentado no chão ele olhou ao redor no quarto, o lugar era todo branco, com apenas uma porta do outro lado do quarto, acima dela uma placa que dizia "Roda da Fortuna".
Enquanto Chris olhava o quarto outras pessoas começaram a acordar.
- O que aconteceu? Aonde eu estou ? Quem são vocês. Gritava um dos que acabava de acordar.
- Eu não sei acordei a alguns minutos antes de você, e estou tão confuso quanto. Disse Chris.
Assim que todos estavam acordados e em pé começaram a se apresentar.
Chris como o primeiro a acordar se apresentou, e assim foi seguido pelos outros:
Wes Martin: um jovem desempregado, Williem Ford: Um sócio de uma grande empresa em Nova York, Paul Bennet: Mochileiro, Alex Chen: Uma Mulher solitária e a única no grupo, Joseph Mosby: um velho professor de faculdade, Alfred Hawthorne: vendedor de carros, Lamar Johnson: apostador profissional, também ali estavam Bulldog e Gregory Nash porém ambos não quiseram dizer qual suas profissões, havia também mais um homem que não falou com ninguém e se manteve em silêncio.
- Bom esse é com certeza um grupo variado de pessoas. Disse Paul.
- Não querendo te cortar Paul, é Paul certo? Mais alguém se lembra de como chegou aqui? Perguntou Alex.
- Eu me lembro de ver um anúncio na internet sobre um experimento social que uma agência de publicidade estava fazendo, eu me inscrevi por lá. Desde que minha noiva morreu eu venho procurando novas experiências pra acalmar minha cabeça. Disse Chris.
- Espera, agora que você falou, eu soube da mesma coisa só que por um amigo, eles iriam pagar no final e eu estava precisando do dinheiro. Disse Wes.
- Um dos meus alunos me falou sobre. Disse Joseph.
- Eu recebi um e-mail publicitário sobre isso. Disse Alex. Alguém lembra de mais alguma coisa?
- Bom eu fui até o endereço que me enviaram assinei alguns papéis e entrei em uma sala de espera, então peguei no sono e acordei aqui. Disse Chris.
Todos trocaram olhares preocupados, e confirmaram que todos lembravam da mesma situação.
- Então alguém drogou a gente é isso? Perguntou Ford.
- Provavelmente, mais a pergunta certa seria porquê. Disse Bulldog.
- Na Verdade a pergunta certa é o que tem atrás daquela porta? Disse Gregory.
Todos então moveram a atenção para a porta, ela era de ferro, apenas com uma maçaneta.
A Placa acima parecia convidá-los a entrar.
- Talvez a resposta esteja atrás da porta. Completou Gregory.
- Alguém se voluntária pra abrir ela? Disse Ford.
Todos começaram a se olhar, esperando uma resposta.
- Eu vou. Disse Paul.
- Espera um pouco, uma agência publicitária drogou a gente nos deixou em um quarto vazio e sua primeira ideia é abrir a porta que tá na cara que é uma armadilha? Questionou Wes.
- Tem uma ideia melhor? Perguntou Bulldog.
Wes se calou, e Paul continuou a caminho da porta. Ele colocou a mão na fechadura e a girou, a porta então abriu, ela dava para um quarto escuro, Chris se aproximou e junto com Paul não perdeu tempo e ambos entraram, as luzes no quarto então se ascenderam revelando cinco portas.
- Pessoal é seguro, podem entrar. Disse Chris.
Todos então seguiram.
Após todos terem passado pela porta a mesma se fechou.
Wes que estava atrás se virou desesperadamente tentando abrir a porta atrás de si.
- Socorro, a porta não abre mais.
Chris e Gregory foram até a porta e viram que realmente a mesma havia sido trancada.
- Mais como nós estávamos todos aqui quem trancou a porta. Disse Wes.
- Talvez tenha fechaduras eletrônicas, a faculdade que eu leciono tem algumas, elas funcionam com o clique de um botão. Disse Joseph.
Todos olhavam ao redor, para as cinco portas a frente, cada uma com um símbolo estampado em si, porém antes que alguém pudesse ir até elas uma outra luz se ascendeu.
Ela revelou outra coisa que dividia o quarto com as pessoas, uma roleta.
- O que é isso, parece aquelas roletas de programa da tv. Disse Joseph.
- Parece que ela tem os mesmos símbolos das portas. Disse Alex.
Paul, Bulldog e Bennet foram até às portas e tentaram abri-las, todas trancadas.
- O Que a gente faz? Questionou Wes.
- Talvez a gente tenha que girar a roleta? Disse Alex.
- Parabéns gênia, descobriu o país. Respondeu Wes.
Alex abaixou a cabeça envergonhada.
- Ei, calma cara ela só está tentando ajudar, não precisa ser um babaca com ela. Disse Chris. Todos estamos nervosos, não precisamos pular na garganta um do outro.
- Obrigado. Disse Alex.
Chris sorriu de volta. - Agora vamos parar pra pensar por um momento, por que uma roleta, e o nome na placa acima do quarto, Roda da Fortuna.
- Ou alguém pode girar a roleta e ver no que dá. Disse Bulldog. Você aí, o cara que não falou nada até agora, porque você não é útil uma vez e gira primeiro ein?.
- Tudo bem. Disse o rapaz indo em direção, da roleta.
Todos o olhavam atentamente, ele girou a roleta, após alguns segundos a mesma parou, o desenho nela indicava dois braços cruzados, a porta com o mesmo desenho se abriu lentamente, revelando uma parede com dois buracos nela.
- Mais que... Disse Bulldog.
O rapaz então foi em direção aos buracos, todos ainda tinham o olhar fixo nele.
- E Agora ? Disse o rapaz.
- Se o desenho na porta diz alguma coisa acho que você coloca seus braços aí não é? Disse Alfred.
Ele olhou mais uma vez para as pessoas ali com ele, e colocou os braços no buraco. Então um som de metal descendo rapidamente pode ser ouvido, seguido de um grito.
- AAAAAAAAAAAAHHHHH.
Sangue jorrava, dos buracos, o rapaz caiu no chão, ele estava sem os braços.
- Oh meu Deus. Disse Alfred.
- Aaaaah. Gritou Alex.
- Que porra é essa? Cadê os braços dele? Gritou Wes.
- Mais que merda. Disse Bulldog.
Todos estavam em pânico agora, o rapaz agoniava no chão. Paul e Ford correram para a porta para tentar abri-la novamente, Chris e Joseph correram para ajudar o pobre rapaz agoniando no chão. Os outros olhavam ou gritavam e o medo começava a tomar conta do lugar.
Após o que pareceu horas, alguns começaram a se acalmar.
- Que tipo de agência de publicidade faria isso? Ele está sem os braços. Disse Alex.
- Acho que essa "agência" era só uma fachada. Disse Gregory.
- Pessoal. Gritou Joseph do outro lado da sala. Sinto informar mais nosso amigo aqui infelizmente morreu, sem os materiais necessários pra estancar o sangramento ele não aguentou.
Enquanto todos ainda discutiam suas opções, Chris estava no canto sentado, Alex então se aproximou.
- Tudo bem?
- Não Faz sentido.
- O que?
- A placa, o que aconteceu com ele, é muito randômico.
- Isso é o joguinho perturbado de alguém.
- Talvez seja mais que isso, você já ouviu falar de Tarot?
- Sim mais nunca acreditei muito nisso.
- Eu me aproximei disso depois que minha esposa morreu, no tarot, tem uma Carta com o mesmo nome.
- Roda da Fortuna?
- Sim, e ela representa escolhas, boas ou ruins que quem tirou a carta vai ter que fazer. Eu posso estar errado, mais é muita coincidência.
- Talvez, vem não fique aí sozinho, vamos até os outros. Disse Alex estendendo a mão para Chris.
Chris pegou a mão de Alex e eles, então retornaram ao grupo. Que discutia quem iria girar a roleta a seguir.
- Alguém precisa girar a roleta de novo. Disse Alfred.
- Você está louco? Olha o que aconteceu com o último que fez isso. Disse Wes.
- Bom não tem mais nada a se fazer aqui, ou a gente gira a roleta ou fica aqui pra sempre. Disse Ford.
- Então vai na frente playboy. Disse Bulldog.
Ford olhou para Bulldog com um olhar de desgosto, porém seguiu em direção a roleta.
Ele olhou para ela como se encarasse um desafio, ele então a girou, todos olhavam atentamente, a roleta então parou.
Todos olharam para o desenho, era um boneco que indicava andar. A porta com o símbolo abriu, revelando outro quarto branco, com uma porta igual a primeira, Ford então caminhou ate a porta e a atravessou.
- Só tem outra porta aqui, mais nada. Disse ele de dentro.
Quando ele ia sair a porta pela qual ele passou se fechou, todos correram em direção a ela, porém a mesma se trancou novamente.
- E então? Ele morreu ou o que ? Perguntou Wes.
- Eu vi outra porta igual a primeira que a gente passou, talvez essa seja a saída. Disse Chris.
Algumas batidas na porta chamaram a atenção de todos. As batidas vinham do outro lado, Ford estava vivo.
Todos então foram para próximo a roleta, se eles iriam querer sair dali, eles teriam que testar a sorte.
- Quem é o próximo? Disse Bulldog.
- Acho que você deveria ir. Disse Gregory.
Todos olharam para ele.
- Você está aí mandando todos passarem pra ver o que acontece. Porque não é um homem de verdade de ir você mesmo.
- Escuta aqui parceiro você não me conhece, e vai por mim, você vai querer continuar assim, então abaixa sua moral, e volta pra fila. Disse Bulldog.
Os ânimos estavam esquentando na sala quando Joseph enterrompeu.
- Rapazes por favor, vamos manter a calma, temos que jogar como uma equipe aqui, se nenhum de vocês quer ir, eu vou em seguida.
- Por favor velhote. Disse Bulldog.
Joseph olhou para a roleta e respirou fundo. Então ele a girou, como das outras vezes os olhos de todos estavam fixos na roleta que parava lentamente, o símbolo da vez era um cifrão de dinheiro. Outra porta então se abriu, dentro dela uma maleta fechada em cima de uma mesa.
Joseph foi até lá, entrando com cuidado no quarto, quando ele abriu a maleta ela estava cheia de dinheiro.
- Pessoal a maleta está cheia de dinheiro. Disse Joseph. E tem uma porta aqui do lado também, eu vou abrir ela.
Assim que ele terminou a frase a porta atrás dele fechou.
- Será que ele está bem? Disse Alex.
- Não temos como saber. Disse Chris. Mas olha só foram duas escolhas boas e uma ruim.
- Como essa foi uma escolha boa? Questionou Bulldog.
- O Cifrão representa dinheiro, e todos aqui faríamos bom uso dele, de uma forma ou outra. Disse Alfred.
Bulldog ficou em silêncio, foi quando Wes percebeu que Lamar ja estava com a mão na roleta.
- O Que você vai fazer? Perguntou Wes.
- Você viu aquela maleta? Tinha dinheiro naquela maleta. E eu quero. Disse Lamar.
Todos olharam pra Lamar.
- O Que ? Eu sou um apostador, eu amo dinheiro, e mais, é só não cair nos braços cruzados. Eu tenho a sorte do meu lado, eles me chamam de Lamar "Sortudo" Jackson.
Chris tinha um olhar confuso no rosto, como se estivesse quase entendendo algo.
- Espera, Espera.
Lamar não esperou e girou a roleta. Todos olhavam em silêncio ela rodando, o barulho que ela fazia ao girar também girava o estômago, todos aguardavam ela parar.
Lentamente ela foi parando, até que se fixou em um símbolo novo.
- E Agora? Esse é outro símbolo disse Wes.
- Eu já disse tenho a sorte do meu lado. Respondeu Lamar.
O símbolo era como algo redondo em pedaços, a porta que carregava o símbolo então se abriu, de longe todos viam apenas outro quarto vazio.
Lamar foi em direção a porta, ele olhou de um lado para o outro, antes de entrar, ele foi ao centro do quarto.
- Não tem nada aqui.
Enquanto todos olhavam o som de uma arma foi ouvido e na frente de todos a cabeça de Lamar explodiu.
Alex gritou horrorizada novamente, e os outros olhavam também assustados, assim que o corpo de Lamar caiu no chão a porta então se fechou.
- Droga, Droga, Droga. Disse Paul.
- Temos que continuar indo. Disse Bulldog.
- Você é horrível, não tem empatia por ninguém, a cabeça do cara acabou de virar pedacinhos. Disse Wes.
Chris consolava Alex que ainda estava chocada com tudo isso.
- Eu vou agora. Disse Chris.
- Não, espera. Disse Alex.
- Por mais que seja horrível ele está certo, quanto mais a gente esperar pior vai ser.
Chris então girou a roleta, o coração dele batia rápido, o desespero estava quase tomando conta de Chris quando a roleta parou, o símbolo era o mesmo de Ford, e a porta se abriu, Bulldog então correu na frente para passar pela porta, mas ao chegar perto um alarme começou a soar.
- Que merda é essa?
- Eu acho que só quem girou a roleta pode passar. Disse Gregory com um sorriso no rosto.
- E se eu for mesmo assim? Disse Bulldog.
- Bom você pode tentar a sorte e acabar como nosso amigo Lamar ali no quarto.
Bulldog então parou, e resolveu voltar atrás. De dentro do quarto, Ford esperava, e ao lado dele estava o Professor Joseph.
- Pessoal olha lá é o professor, então se cair, no símbolo do dinheiro a gente consegue se safar também. Disse Alfred.
Chris olhou para Alex e disse. - Eu sei que você está com medo, mais vai dar tudo certo, pode confiar.
Alex sinalizou com a cabeça e Chris atravessou a porta, que se fechou atrás dele.
Os seis restantes na sala se questionavam quem iria a seguir. Paul se ofereceu para ir em seguida, seguido de Gregory.
Paul girou a roleta, e para a surpresa de todos ela novamente parou no símbolo que dava passagem. Assim que ele a porta se fechou atrás dele, Gregory sem demora girou a roleta, que por sua vez parou no símbolo do dinheiro, a porta se abriu e outra maleta de dinheiro esperava por ele. Ele então se juntou os demais.
Wes foi o próximo, e mais a roleta deu passagem livre. Wes caminhou pela porta e ela se fechou.
Alex estava pronta pra girar a roleta quando Bulldog a empurrou con força no chão.
- Minha vez. Ele exclamou.
Antes que ela pudesse falar qualquer coisa ele girou a roleta, e ela por sua vez parou em um símbolo totalmente novo, um ponto de interrogação.
- Ah Qual é. Na minha vez eu me ferro.
A porta com a interrogação se abriu, novamente havia uma mesa esperando por ele.
Bulldog então entrou na sala.
- O Que tem na mesa? Perguntou Alfred.
- Um Envelope, tem um papel com algo escrito nele.
Quando leu o papel, Bulldog parou.
- Não, nem ferrando que eu vou fazer isso.
Ele foi em direção a porta novamente porém a mesma sirene da outra vez disparou.
- Merda. Exclamou Bulldog.
- O Que estava escrito no papel ? Perguntou Alexa.
- Eu não vou falar.
- Parece que você não tem muita escolha. Disse Alex.
Bulldog olhou com fúria pra Alex, e voltou para o centro do quarto que estava, fazendo o alarme parar.
- Aqui diz confesse o seu crime. Disse Bulldog
- Crime que crime. Disse Alfred.
- Eu sabia que conhecia aquele cara de algum lugar. Continuou Bulldog.
- Quem, de quem você está falando? Perguntou Alex.
- Eu sou o líder de uma gangue sua vagabunda burra, e aquele cara, Chris, eu roubei ele uma vez, só que, droga isso não devia ter acontecido...
- O Que? Disse Alex confusa.
- A Mulher dele estava junto, ela fez um escândalo, eu fiquei nervoso e...
Alex então ficou chocada, ela já sabia o que Bulldog diria a seguir.
- Eu matei ela, mais foi sem querer, se ela tivesse ficado quieta ...
- E como ele não se lembra disso. Disse Alfred.
- Eu Estava de máscara gênio, por isso ele não me conhece.
- Você é um monstro. Disse Alex.
- Ei essa é a lei das ruas, como eu disse se ela tivesse ficado quieta nada disso teria acontecido.
Antes que ele terminasse de falar a porta do quarto em que ele estava se fechou deixando os perplexos Alfred e Alex na sala da roleta.
- Eu não acredito. Disse Alex, como alguém pode ser tão mal assim.
Alfred estava em silêncio.
- Eu preciso sair daqui, e falar pro Chris, ele merece saber. A gente tem que contar pra ele. Completou Alex.
- Eu acho melhor deixar isso pra lá, não é da nossa conta, e se aquele cara sobreviveu e tá esperando a gente lá do outro lado. Eu não quero me meter.
Alex olhava para Alfred, mais ela só via medo. Ela então se virou e foi até a roleta.
Alex então tomou coragem e a girou, ela esperou com os olhos fixos na roleta, até perceber que Alfred continuava em silêncio.
A roleta então parou, um símbolo totalmente novo, eram setas em forma de círculo, porém nenhuma das portas tinha esse símbolo, e só agora ela percebeu que haviam seis símbolos, porém apenas cinco portas.
Eles esperavam e nada acontecia, então ela entendeu, o símbolo era uma segunda chance, ela então girou a roleta uma outra vez, até que ela parou no símbolo da passagem livre.
A porta então se abriu, e todos ainda estavam lá aguardando, ela correu em direção a porta e a atravessou quando Bulldog a recebeu.
- Eai Alex. Disse Bulldog. Espero que você não esteja pensando em abrir o bico sobre o que você ouviu.
- É claro que vou. Ela respondeu.
- Ah não vai não, pensa bem, aqui estamos nos dois vivos, e até quando isso vai durar? Posso fazer seu tempo aqui acabar muito mais rápido.
Chris então se aproximou de Alex.
- Tem alguma coisa errada aqui?. Ele disse.
- Não, só conversando com minha colega, discutindo estratégias. Disse Bulldog.
Alex ficou em silêncio.
- Sei, Alex vem comigo.
Chris então tirou Alex de perto de Bulldog que continuou olhando para eles de longe.
- Tá tudo bem? Fiquei preocupado, você demorou muito pra vir.
- Sim tá tudo bem. É só que esse cara....
Alex sorriu, a muito tempo ela não conhecia alguém que se preocupava com ela.
A porta então abriu outra vez, e Alfred passou por ela. Alex olhou em direção a Alfred que se manteve calado e de cabeça baixa.
Todos se encontram novamente no mesmo quarto, a frente deles outra porta de ferro acima dela outra placa que dizia "Força".
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